A Sobrancelha é o bigode do olho
Na verdade, este post é uma intimação a todos os amantes do Teatro e de textos inteligentes e cómicos.
Márcio Vito
Breve como Barão de Itararé,
direção: Nelson Xabiere
texto: Ivan Jaf
Terças de Junho ás 21h30 no Teatro do Jockey
"A sombra preta do preto, é igual a do branco"
(Barão de Itararé)
Recebi este "mail convite" e repasso aqui para que vcs não percam a oportunidade de conhecer essa personalidade do Humor Político na pele de uma das grandes revelações da actualidade: O multitalentoso Actor Márcio Vito.
"Treze de Maio - Uma data de Libertação do Humor Político
80 ANOS DE “A MANHA” – JORNAL DE HUMOR DE APPARÍCIO TORELLY
Pois é, hoje, treze de maio de 2006, comemoram-se os 80 anos de fundação do jornal de humor que revolucionou a maneira de criticar o poder público. Que ensinou a utilizar, de maneira loquaz e efeciente a arma mais preciosa de um cidadão, o poder de crítica. Aporelly ensinou, sem pretender isso, a expôr as contradições dos homens públicos e suas atitudes através do humor. E fazia isso de maneira óbvia e gritante às classes mais baixas e aos literatos ao mesmo tempo, no mesmo veículo de informação: "A Manha". Há 80 anos, fundado por Apparício Torelly, nascia um semanário nacional, o "único quinta-ferino que era publicado aos sábados" que a revelia dos poderosos, ganhou mais e mais leitores se popularizando rapidamente em todo o país. Como um tambor de ressonância das esparrelas e mazelas políticas que corriam pela capital, então a cidade do Rio de Janeiro, "A Manha" foi o berço que deu origem ao personagem mais famoso de Apparício Torelly: O Barão de Itararé.Em "A Manha", depois de ver frustrada por acordos políticos a batalha de Itararé que ocorreria entre as tropas fiéis a Washington Luís e as da Aliança Liberal sob o comando de Getúlio Vargas, Apparício Torelly, tranformou sua indignação e, talvez ingenuidade patriótica, naquilo que, segundo Fortuna (humorista e principal pesquisador da obra de Apporelly), era a síntese do que ele criticava. Disse aporelly certa vez: "A Batalha que prometi nos meus artigos ser a mais sangrenta da América Latina, acabou não acontecendo. Fizeram acordos. O Bergaminni pulou em cima de uma prefeitura, um outro ficou com os Correios e Telégrafos, outros patriotas menores foram exercer o seu patriotismo a tanto por mês em cargos de mando e desmando, e eu fiquei chuando o dedo. Foi então que resolvi conceder a mim mesmo uma carta de nobreza. Se fosse esperar que me reconhecem o mérito, não levava nada."Nasceu assim um aristocrata, um ilustre fidalgo, que se apoiava numa nobreza inventada, adquirida por baixo dos panos, ou mesmo inexistente. Apporelly que já se referia ao "nosso querido diretor" que era ele mesmo como alguém cheio de influências escusas, agora deu-se um título. Duque de Itararé, mas semanas depois, "num gesto de humildade" passou a Barão. O Barão de Itararé, em homenagem a batalha que não houve."
Forte abraço,bom final de semanae repassem por favor.Qualquer pesquisa sobre este fera de Humor (com H maiúsculo mesmo), precisa ser divulgada, cada vez mais as saídas estão sendo fechadas e, particularmente, acredito que um humor inflexível e descompromissado poderá apontar algum caminho. Não que haja uma revolução política lideradas por comediantes. Já estou retorcendo o fígado (que faz muito mal a bebida, aliás) de pensar em ícones do humor brasileiro pegando suas canetas de naquim para enfrentar quem desafiar suas verdades críticas. O assunto é mais simples. O Humor já se mostrou uma arma muito eficaz contra regimes totalitários, mas a democracia hipócrita e que ainda visa o poder de poucos sobre todas as coisas e pessoas, que aguarde a sua vez. Não perde por esperar. Marcio Vito.
Comments
sérinho, vou mesmo.
até agora, que eu não
gosto de escrever chorando